quinta-feira, 30 de junho de 2016

Mateus 28.19 é confiável.



Estudar o Novo Testamento requer muita pesquisa e prudência. Para tanto são necessários termos bons orientadores como pastores e professores comprometidos com a verdade revelada em Cristo Jesus. Devemos ter cuidado com os comentários tendenciosos e falaciosos. O Novo Testamento tem sido a cada dia alvo de críticas, por parte de teólogos liberais e neo-ortodoxos, bem como, filósofos ateus. Mas sempre tem se sobressaído ao escrutínio. Contudo, quando algum livro é aceito os tendenciosos procuram retirar partes para se adequar ao gosto do freguês.

O evangelho escrito por Mateus é um desses. Esse livro é aceito por parte dos hereges do primeiro e segundo século em especial por grupos judaizantes, visto o mesmo ter sido escrito em língua hebraica. Todavia, existem inúmeros pontos que eles distorcem e omitem para seu bel-prazer? Muito mais que isso! Dentre inúmeros versículos está o 19 do capitulo 28. Esse versículo tem revelado verdades ímpares, como: o “Ide”; o “fazer discípulos” para o nosso Senhor Jesus Cristo; o “batismo” “em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo”. E nesse batismo e invocação da Trindade Santa sobre o professante.

Cabe salientar que esse versículo se encontra em inúmeros Manuscritos e nos escritos dos pais da Igreja [1]. A exegese do Novo Testamento corrobora com essa informação. Os comentaristas evangélicos/protestantes ratificam.

Vamos atentar para algumas informações presente nesse precioso versículo.

Ide. O verbo “ide”, tanto em Mateus como em Marcos, está no imperativo, ou seja, trata-se de uma ordem, não de uma recomendação ou de um conselho que venha da parte de Jesus. Jesus enviou seus discípulos as nações gentílicas, pois o evangelho não estava restrito aos judeus. “O termo “nações” em Mateus se refere aos gentios” [2]. A rejeição dos judeus trouxe esse resultado (Mateus 23.37-38). Porém, os gentios esperaram em Jesus.

“E, no seu nome, esperarão os gentios”. (Mateus 12.21)

Esse “ide” é uma ordem. Como ordem deve ser atendida, pois é através dela que as nações conhecerão o Deus verdadeiro e Jesus Cristo, seu Filho amado. Assim tornar-se-ão discípulos de Jesus, o Cristo de Deus.

fazei discípulos de todas as nações”. Discípular é um acompanhamento do “ide” do Senhor. O discípulo aprenderá o plano da salvação de Deus, O conhecerá e o Adorará. O ensino passado ao discípulo girará em torno dos ensinos de Jesus (Mateus 28.20). No sermão do monte Ele falou que a lei permaneceria até ser cumprida e se cumpriu Nele (Mateus 5.17-18), porém as Palavras Dele eram eternas.

“Passará o céu e a terra, porém, as minhas palavras não passarão”. (Mateus 24.35)

A ordem vai além do evangelizar. Eles deveriam ensinar os novos convertidos a obedecer aos mandamentos de Jesus, mandamentos esses contidos no Novo Testamento.

A essência do discípulo é tornar-se como o Mestre. [3]

“batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo”. A rejeição por parte dos hereges, deste versículo, gira em torno da trindade muito mais que a invocação dela no batismo. O batismo em nome da trindade segue o evento do batismo de Jesus por João, lá se encontra O Pai, O Filho e o Espirito Santo (Mateus 3.16-17). A palavra nome neste versículo aparece no singular para enfatizar a essência dessa trindade.

Concluímos que é valido a rejeição dos hereges em relação a esse versículo, pois com ele os mesmos ficam sem base para as suas argumentações dignas de anátemas.

fontes:
[1] O NOVO TESTAMENTO GREGO – Quarta edição revisada. SBB
[2] Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento – Mateus. James B. Shelton. CPAD
[3] Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento. William MacDonald. Editora Mundo Cristão
* Bíblia – ARA

domingo, 26 de junho de 2016

A transfiguração!



Seis dias depois de Jesus falar sobre seu sofrimento e sua morte aos discípulos, tomou consigo os três principais apóstolos e os levou a um monte e revelou sua Glória e Deidade. (Mateus 17.1-8)

Não a contradição sobre o registro de Lucas quanto aos oito dias, pois ele está contando os dias que precederam e se seguiram ao episódio, todavia Mateus e Marcos falam apenas os seis dias que se passaram entre os dois fatos (revelação de seu sofrimento/morte e a transfiguração). 

A transfiguração de Jesus é evento ímpar nas Escrituras. Esse evento tem uma importância tão real como o batismo e a tentação. Sua importância é tão clara que está registrado nos evangelhos sinóticos (Marcos 9.2-8; Lucas 9.28-36).

A transfiguração (και μετεμορφωθη). Segundo Vincent essa palavra denota mudança ou transferência de forma. O μορφη compartilha da essência de uma coisa. [1] Para James a origem da palavra “indica mudança profunda”. [2] Esse acontecimento ímpar revelou o quem Jesus era realmente, ou seja, mostrou sua verdadeira essência aos discípulos. Contudo, essa transfiguração tem alguns pontos necessários a revelação da Deidade de Jesus.

Essência significa natureza íntima das coisas, aquilo que faz que uma coisa seja o que é, ou que lhe dá a aparência dominante é a ideia principal. Jesus revelou aos seus discípulos quem Ele realmente era. Antes daquele momento sua glória fora encoberta em um corpo de carne mas depois daquele evento seus discípulos mesmo sem compreender contemplaram seu verdadeiro Ser. Corpo e vestes resplandecentes (Mateus 17.2). Cristo não apenas falou de sua deidade, como também provou na transfiguração.

Para Ralph Earle a transfiguração tem uma dupla confirmação: 1) da divindade de Jesus no momento em que os três discípulos tiveram uma visão de sua glória eterna, e 2) da importância e necessidade da Paixão [3]. Sem nenhuma dúvida esse evento fortaleceu a fé dos discípulos.

Na segunda epistola de Pedro está registrado que a transfiguração foi um evento real e não mito ou fabulas (II Pedro 1.16-18). A divindade de Jesus permeia toda a Bíblia.

Até hoje a voz do Pai fala aos ouvidos dos homens: “Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o” (Mateus 17.5).

fontes:
[1] Estudo no Vocabulário Grego do Novo Testamento. Marvin R. Vincent. CPAD
[2] Comentário Bíblico Pentecostal (Novo Testamento). James B. Shelton. CPAD
[3] Comentário Bíblico BEACON. Ralph Earle. CPAD
 * Bíblia – ARA

terça-feira, 21 de junho de 2016

Jesus é YHWH (Jeová).


Jesus afirmou em várias passagens que ele é “YHWH”. Esse é o nome de Deus revelado a Moisés (Êxodo 3.14-15; 6.3). Nas versões em português que segue o costume da versão grega esse nome foi substituído por Senhor (Kuryos). Os tradutores de Alexandria colocaram por escrito uma tradição oral presente nas sinagogas, onde se lia “ADONAY” (Senhor) toda vez que aparecia o nome YHWH. De fato o povo hebreu não pronunciava o nome de Deus e no seu lugar dizia “ADONAY”. YHWH era um nome sagrado e por isso não se pronunciava, com o passar do tempo perdeu-se a pronúncia correto.

Cabe salientar que o Antigo Testamento usado pelos primeiros cristãos foi essa tradução grega de Alexandria, a Septuaginta. Portanto podemos “afirmar” que os discípulos e até Jesus não usou o termo “YHWH” para fazer referência a Deus, mas Senhor (Kuryos). Um exemplo foi a passagem de Mateus 4.10 (κυριον) ao qual Jesus fez referência a Deuteronômio 6.13, onde aparece YHWH. Paulo também faz esse uso em Atos 15.17, ele citando Antigo Testamento, na qual existe a palavra YHWH (Amós 9.12) usa o termo Kuryos (Senhor). Podemos observa ainda em Romanos 4.8 citando o Salmo 32.2, Kuryos em lugar de YHWH.
Quando Jesus diz ser Ele o Bom pastor (João 10.11), está fazendo referência ao Salmo 23.1, afirmando assim que Ele é YHWH.

YHWH no Antigo Testamento falou que não daria sua Glória a ninguém (Isaías 42.8), mas Jesus em sua oração pediu para o Pai lhe dá a Glória que Ele tinha ao seu Lado (João 17.5). Revelou assim Jesus sua Deidade antes da encarnação.

Em Isaías 44.6, Ele (YHWH) nos fala que é o Primeiro e o Último. Assim falou Jesus para João na Revelação (1.17). Jesus é YHWH.

O Juiz de todas as nações segundo o Antigo Testamento é YHWH (Joel 3.11-12). Ele, Jesus de Nazaré, reivindicou isso para Ele (Mateus 25.31-34), igualando-se a YHWH.

Quem tem o dom da vida é Deus, YHWH (I Samuel 2.6), mas Jesus mostra-se igual ao Pai. “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o FILHO dá vida aos que ELE QUER.”(João 5.21) (grifo nosso). Jesus assim assumiu poderes e fazeres que só Deus (YHWH) poderia ter.

O concílio de Nicéia tem razão ao rejeitar a heresia do arianismo.

Ele é Deus de Deus. Não criado, mas Gerado.

fontes:
Bíblia – Tradução Brasileira
Bíblia em Grego – Textus Receptus

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Deus amou Caim.

Para entendermos o amor de Deus precisamos vê-lo na prática. Deus demonstrou o seu amor ao homem desde o início da humanidade. Mesmo o homem não atentando para esse amor, Deus o tem amado.

Quando lemos sobre a vida de Caim, observamos que Deus é um Deus amoroso. Em Deus há amor e misericórdia. O texto nos diz que mesmo Caim realizando uma oferta de aparência, uma oferta sem valor espiritual, pois seu coração não se encontrava nela, Deus amou Caim e procurou encontrar nele arrependimento.
 
Vamos conhecer um pouco da história.

Depois da “queda” de Adão e Eva, Deus lhes proporcionou filhos (Gênesis 5.4), filhos adoradores, filhos que aprenderam com seus pais, filhos que conheciam a Deus. Mas um dentre eles chamou a atenção da sua raça, Caim.

Segundo o texto bíblico em um determinado dia Caim e seu irmão Abel foram oferecer um sacrifício de adoração (Gênesis 4.3-5). O sacrifício realizado por Caim não foi aceito por Deus. Deus atenta para o ofertante e depois sua oferta (Gênesis 4.5 a). Caim não passou pelo escrutínio de Deus. Ao ver que seu irmão Abel tinha passado pelo escrutínio de Deus Caim já não era o mesmo.

A fala do texto revela um amor de Pai para com seu filho. Deus amou como um pai ama seu filho:

E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste?” (Gênesis 4.6a). Deus conhece nosso coração, como um pai conhece quando seu filho altera suas atitudes ao ouvir uma repreensão. Por que meu filho você está irado, porque o teu coração está encolerizado, porque estais zangado? Não deixe a irá te dominar.

E por que descaiu o teu semblante?” (Gênesis 4.6b). O pai não apenas conhece a mudança de atitude do coração do filho como também percebe a mudança exterior do seu garoto. A mudança exterior de seu filho pode mudar a vida dele fique atento. Um olhar diferente, uma fala incomum, um proceder inexato. Como um pai deve, e, estar atento a mudança de seu filho, assim agiu Deus para com Caim.

Deus é um Pai conselheiro, vamos observar.

Se bem fizeres, não é certo que serás aceito?” (Gênesis 4.7a). Deus mostra a Caim que toda atitude boa é aceitável. A orientação de Deus é que sempre devemos proceder com atitudes boas, fazendo sempre o bem. Não deixe a ira dominá-lo e nem dominar seu filho.

e se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar”. (Gênesis 4.7b). Filhos atentem para os conselhos de seus pais! Quantas vezes vemos pais orientado seus filhos e mostrando a eles o caminho correto. Porém quando o filho não atenta para o amor demonstrado pelo seu pai o fim é trágico. Domine o teu mal, pois ele pode destruir tua vida. O mal gera pecado e pecado leva a morte (Romanos 6.23).

O fim dessa história nós já sabemos. (Gênesis 4.8-16)

Deus sempre tem aconselhado o homem, assim como Ele demonstrou o Seu amor para com Caim, assim ele demonstra para com todos os pecadores. Uma vida justa e digna de aceitação é a orientação de Deus.

Lembre-se Deus te dá oportunidade de arrepender-se e praticar coisas justas.

fonte:
Bíblia - ARA 

sábado, 18 de junho de 2016

O concílio de Nicéia.

A igreja do Senhor Jesus, o nosso amado Deus e Salvador (II Pedro 1.1), desde a sua iniciação ou inauguração vem enfrentado lutas e perseguições, sejam elas internas ou externas. Logo após a ascensão de Jesus as lutas foram com maior intensidade de maneira externa. Essas lutas externas tiveram uma limitação logo após a “conversão” de Constantino imperador de Roma (324 d.C.). Contudo, as coisas não param aí.

Em Alexandria, um dos mais notáveis centros da cristandade primitiva e de discussões teológica, surgiu uma heresia criada por um diácono chamado Ário, que mais tarde ficou conhecida como arianismo. A interpretação de Ário causou uma grande discordância. Essas divergências teológicas não ficaram restritas aqueles, mas alcançou pontos elevados. Tomando Constantino conhecimento dessa discussão teológica e do perigo iminente de racha na igreja, promoveu uma assembleia que se realizou na cidade de Nicéia da Bitínia, próxima de Constantinopla, em 325 d.C.

Essa assembleia, ficou conhecida como Concílio de Nicéia. O Concílio foi um acontecimento ímpar na história da igreja, um dos grandes marcos da teologia cristã. Compareceram bispos da Ásia Menor, Palestina, Egito, Síria, e até bispos de fora do Império Romano, ou seja, de todos os lugares onde o cristianismo tinha chegado. Estiveram presentes no Concílio de 300 a 320 bispos “ímpares”, entre diáconos e leigos. Por maioria quase absoluta (apenas dois bispos não quiseram assinar a resolução final) foi redigido o Credo de Nicéia que a igreja, à exceção dos seguidores de Ário, sempre acreditou que Jesus Cristo era Deus Encarnado e possui a mesma Essência que o Pai.

A palavra credo deriva do latim e significa “creio, deposito confiança”.

Esequias Soares tomando por base McGrath, deixa claro que os “credos são interpretações precisas e autorizadas das Escrituras” [1]. Esse credo foi essencial para resolver a problemática que estava entre ser Jesus criatura ou não! Mesmo Ário crendo que Jesus era seu salvador, ele o tinha como uma criatura elevada. Mas nesse concílio encontrava-se um notável diácono chamado Atanásio que auxilio o bispo de Alexandria no combate a essa heresia. Mas a heresia não incomodou só o grupo de Alexandria:

Os bispos sentiram tanto a indignidade que Ário fizera pesar sobre o bendito Senhor, que taparam os ouvidos enquanto ele explicava as suas doutrinas, e declaravam que quem expunha tais doutrinas era só digno de anátema.”[2]

Essa heresia está também presente em nossos dias. Grupos como as Testemunhas de Jeová, Mórmons, Judaizantes atuais entre outros vem disseminado e causando perturbação no cristianismo, mas já foi redigida uma nota desde o limiar da igreja. Devemos estar vigilantes.

O credo de Nicéia:
Cremos em um só Deus, Pai Todo-Poderoso,
criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo,
o Filho de Deus,
unigênito do Pai,
da substância do Pai;
Luz de Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado, não criado,
consubstancial ao Pai;
por quem foram criadas todas as coisas que estão no céu ou na terra.
O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu (do céu),
se encarnou e se fez homem.
Padeceu e ao terceiro dia ressuscitou e subiu ao céu.
Ele virá novamente para julgar os vivos e os mortos.
E (cremos) no Espírito Santo.
E quem quer que diga que houve um tempo em que o Filho de Deus não existia,
ou que antes que fosse gerado ele não existia,
ou que ele foi criado daquilo que não existia,
ou que ele é de uma substância ou essência diferente (do Pai),
ou que ele é uma criatura,
ou sujeito à mudança ou transformação,
todos os que falem assim,
são anatematizados pela Igreja.
fonte:
[1] Credos e Confissões de fé. Breve guia histórico do cristianismo. Esequias Soares. Editora Bereia;
[2] História do Cristianismo. A. Knight e E. Anglin. CPAD;
* Bíblia – ARA.