quinta-feira, 22 de setembro de 2016

He (vers. 33-40)



Quinta parte do Salmo 119, He. O autor desse belíssimo salmo é um homem apaixonado pela Lei do Senhor, a Torá. Assim deve ser o cristão, apaixonado pela Bíblia. Para que possamos fazer a vontade de Deus é de extrema necessidade conhece-la de modo apaixonante e racional. Vamos continuar estudando esse belíssimo salmo.

He (vers. 33-40)

Vers. 33-34
“SENHOR, ensina-me o caminho dos teus decretos, e eu o seguirei até o fim. Dá-me entendimento, para que eu guarde tua lei e a ela obedeça de todo o coração.”

É de fundamental importância o aprendizado da Palavra do Senhor e aqui observamos isso muito bem. O salmista deseja ser instruído, porém, não deseja que isso seja feito por homem, mas pelo próprio Deus. Ele não está desprezando o ensino sacerdotal ou profético, todavia, está invocando Deus como seu aio. Não existe professor melhor que o próprio Deus (Jó 36.22).

Hoje temos o Espírito Santo como nosso Instrutor, possuímos a mente de Cristo e podemos pedir a Deus sabedoria e Ele nos dará com prazer. “O cristão” que não deseja o ensino das verdades bíblicas está em desacordo com a rica revelação de Deus.

Para o salmista o ensino de Deus o levará a ser um bom aluno e por fim um servo obediente. Um servo que terá em seu coração a vontade de seu Senhor. Um coração fiel, grato e responsável. Contudo, aprender não é suficiente.

“Faze com que eu ande pela vereda dos teus mandamentos, pois nela tenho prazer. Inclina meu coração para teus testemunhos, e não para a cobiça.” (vers. 35-36)

Sem a graça de Deus não podemos ser fiéis a sua vontade. O salmista agora começa a pedir como sabendo de suas limitações. Ele sabia que Deus iria lhe instruir e lhe iluminar, todavia, conhecia ele a alma humana. Alma essa tendenciosa ao pecado. A preocupação em aprender e cumprir aquilo que aprendeu, está visível nesses versículos. Devemos estar dispostos a vivermos vidas agradáveis a Deus. Uma vida inclinada a Deus nos afastará da cobiça.

A cobiça é um dos pecados mais destruidor presente no ser humano. Um coração cobiçoso destrói nossa comunhão com Deus. O cobiçoso ama o dinheiro, a honra e destrói sua própria alma. Inutilidade da cobiça é visível em nosso dia a dia. Não seja cobiçoso.

Vers. 37
“Desvia meus olhos de contemplarem o que é inútil e vivifica-me no teu caminho.”

Muitas vezes contemplamos o que é baldado. Não há coisas boas na inutilidade. Existem coisas que atentamos com olhos fitos e no fim malogra. Jesus nos advertiu sobre o nosso olhar. Segundo Jesus o olhar inútil no leva ao inferno (Mateus 18.9).

Nosso olhar não deve estar nos bens alheios conforme o decimo mandamento (Êxodo 20.17).

Temos vistos e ouvidos muitos casos de pessoas que tiveram suas vidas ceifadas, por olhar e atentar para o bem alheio. Que Deus conceda graça aos Seus servos para não atentarem para os bens alheios.

Vers. 38
“Confirma ao teu servo a tua promessa feita ao que te teme.”

O salmista ora a Deus com humildade e temor. Clama ele por graça. O homem que se afasta do caminho perverso e inútil e procura viver uma vida agradável a Deus, deve fazer como o salmista, perdir a Deus que confirme aquilo que ele prometeu.

Deus não é mentiroso, mas fiel a todos que vivem vidas santas. Tudo que Deus promete, Ele cumpriu e cumprirá. Não desista de servir com fidelidade e amor.

“Sê fiel até o fim, e eu te darei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10)

Vers. 39
“Afasta de mim a humilhação que temo, pois tuas ordenanças são boas.”

O rebaixamento moral de qualquer pessoa é humilhante. Quando somos humilhados, somos destruídos internamente e exteriormente. A humilhação pode vir dos nossos familiares, amigos, trabalho e até socialmente. As consequências são terríveis na vida de uma pessoa, vai desde doenças mentais e físicas a suicídio.

Devemos estar pedindo a Deus que nos livre dessa desgraça chamada humilhação. Só Deus sabe o quanto é dolorido ser humilhado.

Vers. 40
“Anseio por teus preceitos; vivifica-me por tua justiça.”

Finalizado essa parte o salmista releva o quanto ele deseja e ama a Lei do Senhor. Será que nós temos o mesmo anseio revelado pelo salmista ou somos apenas espectadores da graciosa Palavra de Deus. Que Deus vivifique seu povo para a leitura e a pratica de suas orientações. Por tua justiça o Deus nos vivifica. 

fonte:
Bíblia - Almeida Século 21

domingo, 11 de setembro de 2016

Moisés, do palácio ao deserto.



Moisés foi um dos intelectuais de sua época. A história desse fantástico homem de Deus permeia quarto livros do Antigo Testamento (Êxodo a Deuteronômio), porém, de maneira concisa entre os oitenta anos iniciais de sua vida são descritos nesses livros. Procurarei trabalhar esses oitenta anos iniciais, pois os quarenta últimos anos são melhores descritos na Bíblia Sagrada, cabe salientar que o mesmo viveu cento e vinte anos (Deuteronômio cap. 32).

Esse homem nasceu para libertar o seu povo, povo da promessa, mas nenhuma palavra foram lhes dita por Deus ou seus parentes até os seus oitenta anos. Nos primeiros quarenta anos, logo após ele ser levado para o palácio, foi instruído pelos melhores e maiores tutores presentes no Egito. O vasto conhecimento dos egípcios incluía matemática, geometria, arquitetura, engelharia, bem como artes e ciências. A sua criação entre os nobres também lhe proporcionou conhecimento de liderança governamental e militar. Sua vida na realeza lhe proporcionava boa alimentação, vestimenta e prestigio.

Tudo isso tinha uma finalidade, assim como tudo que nós passamos tem uma finalidade.

Uma fatalidade, ou, um propósito de Deus?

Já homem, Moisés decide ir ver seus irmãos, porém, o que encontra são homens sendo humilhados e maltratados. E no momento de fúria mata o algoz de seus irmãos. O crime não fica oculto e seus irmãos não o desejam por perto. Fim dos privilégios reais! Sim, agora até sem o apoio de seus irmãos (parentes). Como diz entre nós nordestinos, “e agora “Moisés””?

Fugitivo do Egito, ele agora estava em Midiã. Em Midiã Deus lhe proporcionou um lar e uma família. Nesse pedaço de terra Moisés vai ser habilitado a viver em dificuldades e pobreza. Quem vivia na realeza com luxuria agora comia e vestia o que tinha, quem recebia cuidados agora cuidava de um rebanho que não era seu, quem estava acostumado a mandar agora tinha que obedecer. Deus estava ensinado a Moisés o que mais tarde iria ensinar a Paulo e a nós, que tudo tem seu tempo e propósitos.

Não vos declaro isso por estar necessitado, porquanto aprendi a viver satisfeito sob toda e qualquer circunstância. Sei bem o que é passar necessidade e sei o que é andar com fartura. Aprendi o mistério de viver feliz em todo lugar e em qualquer situação, esteja bem alimentado, ou mesmo com fome, possuindo fartura, ou passando privações. Tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4.11-13)

O príncipe agora é um pastor de rebanho. No Egito foi ensinado a ser um estudioso, um cavalheiro, um estadista, um soldado. No deserto aprendeu a ser pai, esposo, pastor, obediente e serviçal. No Egito tinha pessoas para conversar. No deserto estava “só”. Deus nos leva ao local que deseja conversar conosco e não existe local melhor do que no “deserto”, lá nos estaremos a sós com Ele.

Deus preparou Moisés na fartura e na escassez. Ensinou ele a viver entre os intelectuais e entre os incultos. A sabedoria nos proporcionada por Deus tem sempre a finalidade de glorificar seu Nome, cuidar de nossa alma e de nossos semelhantes. Depois da preparação no deserto, Moisés vai se tornar um homem plenamente preparado para libertar seu povo, Israel.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Dálet (vers. 25-32)



Quando reconhecemos que necessitamos de Deus e que segundo a sua Palavra Ele nos ajudará aí Ele, só Ele, mudará o futuro da nossa história. Esse reconhecimento nos fará vivermos vidas santas. Não existe fim para os que esperam no Senhor dos senhores. Devemos meditar dia e noite, noite e dia na Palavra do Senhor para que possamos entendermos que o amanhã de nossas vidas está em Suas Mãos.

O salmista entendeu que somos inteiramente dependentes de Deus. Vamos para a quarta parte do salmo 119.

Dálet (vers. 25-32)

Existem momentos que pensamos que não haverá mais solução para nossos problemas aí nossa vida se esvairá. A nossa vida é feita de momentos alegres e momentos tristes. Há dias que “tocamos os céus”, porém, haverá dias de tristezas que mais parece que o “inferno todo está contra nós”. E quando esses dias infelizes vierem, o que devemos fazer?

A solução para os dias ruins estar em buscar o solucionador dos problemas e males dessa vida, Deus (ves. 25). Deus em Cristo Jesus é o solucionador das causas impossíveis (Lucas 1.37). Só Jesus pode aliviar nossas guerras e lutas diárias.

Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Por que o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mateus 11.28-30) 

Quando expomos nossos caminhos pecadores a Deus e reconhecemos que necessitamos do seu perdão, Ele nos responderá perdoando-nos. O perdão de Deus renova a nossa alma e nos desperta a vivermos uma vida santa e de oração. A tristeza diária é fruto dos nossos pecados, porém, a meditação na Palavra de Deus nos mostrará o “cano de escape” para que possamos viver vidas felizes. (vers. 26-27)

A Palavra de Deus é o remédio para a tristeza. O salmista retorna ao tema da tristeza, pois a ausência da alegria torna nossa alma fraca e nosso corpo delgado. Tristeza é sentir que as lagrimas não doem, mas o motivo que as fazem cair. Porém, ele clama a Deus que o pode fortalecer e lhe ajudar a chegar no fim do caminho que estar percorrendo (vers. 28). 

O caminho da felicidade não é caminho plano, sem espinhos, sem pedras, com vias alternativas. Nesse caminho encontraremos falsos guias, porém, quando pedimos a Deus que nos ama e desejo o melhor para nossa vida, que nos livre desses falsos guias segundo sua Palavra, Ele fará (vers. 29). 

O Senhor Jesus nos alertou sobre esses falsos guias: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, que farão sinais e milagres para, se possível enganar até os escolhidos. Tende cuidado, pois vos tenho dito tudo com antecedência.” (Marcos 13.22-23)

Quando colocamos na nossa frente a Palavra do Senhor, significa que estamos percorrendo o caminho da felicidade (vers. 30). A Palavra na nossa frente significa que temos um guia e esse guia é Deus. Os que não são guiados pela Palavra do Deus vivo são envergonhados (vers. 31). Isso é patente aos nossos olhos. O salmo 1 é uma descrição para nos dessa verdade, leia e verás.

Seremos bem-aventurados quando Deus usar de misericórdia e nos der mais de sua Palavra (vers. 32). Nunca pare de pedir a Deus que lhe revele sua Palavra e lhe dê graça para a cumprir, pois “Pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e a porta vos será aberta” (Mateus 7.7)

fonte:
Bíblia – Almeida Século 21